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23 de Junho, 2025

Corrida ao armamento nuclear

A proliferação e modernização dos arsenais nucleares voltam a ocupar um lugar central no panorama geopolítico contemporâneo. De acordo com os dados mais recentes, evidenciados no gráfico desta semana, a Rússia e os Estados Unidos mantêm arsenais nucleares superiores a 5.000 ogivas cada, repartidas entre ogivas estratégicas em prontidão, ogivas não estratégicas e arsenais desativados — mas tecnicamente reversíveis. Esta dissuasão nuclear continua a ser um pilar essencial da política de segurança global, com implicações diretas sobre os equilíbrios de poder entre blocos geopolíticos.

Destaca-se a trajetória da China, que prossegue uma estratégia de rápida expansão e modernização do seu arsenal, já com mais de 1.100 ogivas, das quais cerca de metade em fase ativa. Este movimento insere-se numa lógica de paridade estratégica com os EUA e a Rússia, e poderá reconfigurar as dinâmicas de segurança na região Ásia-Pacífico e no tabuleiro global. A França e o Reino Unido, embora com capacidades mais comedidas, mantêm a sua relevância estratégica no contexto da NATO.

Em paralelo, observa-se a consolidação de potências regionais como Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte, cujos arsenais mais limitados não reduzem o seu potencial desestabilizador. A persistência de tensões fronteiriças, conflitos latentes e a ausência de mecanismos multilaterais de controlo eficaz nestas regiões acentuam o risco de escaladas imprevisíveis, com impacto nos mercados globais, sobretudo nas cadeias energéticas e nos ativos refúgio.

Na última semana Israel atacou as instalações militares iranianas por antecipar o risco decorrente do programa nuclear do país dos aiatolas. As informações são contraditórias, mas de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, o Irão tem os recursos e a capacidade para produzir a bomba nuclear em duas semanas. 

Para os investidores institucionais, o ressurgimento da corrida ao armamento e a fragmentação da ordem internacional representam riscos geopolíticos sistémicos. Estes fatores, conjugados com a erosão de tratados de controlo de armamento, exigem monitorização atenta e integração nos modelos de avaliação de risco político, particularmente em geografias expostas a tensões nucleares.

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Fonte: ourworldindata.org

Autor: Direção de Wealth Management (DWM)

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