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S&P 500 vs. Presidentes
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Inflação atinge novo máximo
No gráfico desta semana analisamos o desempenho médio anual do S&P 500 desde os mandatos de JF Kennedy até Joe Biden. Será que os mercados são mais beneficiados sob o comando dos Democratas ou dos Republicanos?
O partido democrata, governou por 6 vezes desde 1960, durante 32 anos. Nestes períodos o S&P 500 apresenta uma média de crescimento anual de +10.61%. Desde John F. Kennedy que os democratas não apresentam um mandato com performance negativa do índice, o pior foi Jimmy Carter que durante os seus 4 anos apenas fez com que o mercado crescesse 5.94% ao ano. Por sua vez, Bill Clinton foi quem apresentou uma média anual mais elevada, ligeiramente superior a 15%.
O partido republicano, desde 1960 também esteve no poder por 6 vezes, também durante 32 anos, mas a sua média de crescimento anual é de apenas 6.69%, quase 4 pontos percentuais a menos que os democratas. Contrariamente aos democratas, houve 2 presidentes do partido republicano que apresentaram crescimentos anuais negativos durante os seus mandatos, foram estes Richard Nixon, com -4.17% ao ano e George W. Bush com -5.92% ao ano. O presidente republicano com maior sucesso no desempenho do S&P 500 for Donald J. Trump, que cumpre hoje o seu segundo mandato, com 14.32% ao ano.
Apesar da perceção comum de que os mercados tendem a favorecer políticas republicanas por serem mais “pro-business”, os dados históricos mostram que os mercados norte-americanos tendem a registar melhores desempenhos sob administrações democratas.
Quais as razões?
- Contextos Económicos Cíclicos: Os desempenhos dos mercados acionistas não são apenas reflexo direto da política presidencial, há muitos outros fatores como ciclos económicos, política monetária da Reserva Federal, choques geopolíticos e tecnológicos impactam fortemente. Por exemplo, as grandes quedas nos mercados nos últimos anos acontecem todas sob presidência republicana, era George W. Bush que liderava os americanos durante a “Dot Com Bubble” no início dos anos 2000 e em 2008 durante a grande crise financeira. Foi Donald Trump quem sofreu o grande impacto da pandemia COVID-19 quando o mercado caiu mais de 30% em pouco mais de 1 mês.
- Políticas Fiscais e Monetárias: São as administrações democratas que, historicamente, implementaram mais estímulos fiscais e programas sociais, o que pode alimentar o crescimento económico e lucro empresarial no curto-médio prazo. Por outro lado, os republicanos tendem a apostar mais em cortes fiscais e desregulamentação, o que, por vezes, tem um impacto diferido.
- Sentimento e Estabilidade: Os acionistas valorizam previsibilidade e estabilidade e, os mandatos democratas, apesar de serem mais intervencionistas, têm sido menos associados a disrupções fiscais profundas, o que pode gerar um efeito psicológico positivo para os investidores a curto-médio prazo.
Embora os dados não permitam estabelecer uma relação causal direta entre o partido do presidente e a performance do mercado, é inegável que os presidentes democratas têm apresentado maiores retornos para os investidores no S&P 500. Isto desafia alguns preconceitos do mercado e lembra-nos da importância de analisar contextos macroeconómicos, mais do que slogans partidários. Veremos se Donald Trump vai manter a tendência ou impulsionar os mercados com as suas políticas “pro-business”.
Fonte: Bloomberg
Autor: Direção de Wealth Management (DWM)
Fonte: Bloomberg
Autor: Direção de Wealth Management (DWM)
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