Os eventos atípicos a que o mundo tem assistido nos últimos anos, como a pandemia, disrupções nas cadeias de abastecimento, alterações climáticas, inflação, tensões políticas e guerra, têm produzido efeitos nefastos no comércio internacional e levado ao retrocesso da globalização. Esta inversão traduz-se logicamente na redução das importações e exportações.

Esta semana apresentamos um gráfico que demonstra a evolução das exportações da China ao longo dos últimos 2 anos (pós-pandemia). Observando o gráfico é notória a tendência negativa, principalmente se retirarmos o efeito da sazonalidade e compararmos períodos homólogos. Na passada sexta-feira foram divulgados os dados de setembro de 2023 e a exportações chinesas caíram 6,2% face a setembro de 2022, totalizando assim 5 meses consecutivos de declínio. As importações também reduziram 6,2% em setembro.  

Estes dados são preocupantes para o futuro de uma economia tão dependente das exportações e que já se encontra frágil internamente. Contudo, este problema não é exclusivo da China. Em agosto, as exportações em Portugal caíram 7,7%, as importações recuaram 16% e, na Alemanha as exportações caíram 5,8% e as importações subiram 16,8%.


Fonte: Bloomberg, DGA 

Autor: Departamento de Gestão de Ativos (DGA)